domingo, 20 de janeiro de 2008

Na formação inicial de professores

Em 1994 surgiu a oportunidade de voltar ao Departamento de Educação da FCUL para trabalhar na formação inicial de professores, no âmbito da Didáctica das Ciências e da Metodologia da Física e na orientação dos Estágios Pedagógicos. Nesta altura já começava a ser possível usar a Internet para pesquisa e selecção de informação, alargar a utilização de programas de simulação e modelação e continuar a ensaiar a utilização de sistemas de aquisição de dados. No Departamento adquirimos um projecto curricular americano o "Explorer" da Logal na versão 1.0 e que estava, na altura, ainda em desenvolvimento. Este projecto continua a existir, agora na versão 3.04 e integra módulos para diversos temas de Física, Química e Biologia e também um módulo sobre Sensores. Cada módulo continha (contém), além do software, documentação de apoio técnico, guia de utilização para professores e propostas de actividades para alunos: Este é o site actual:
http://web.riverdeep.net/portal/page?_pageid=818,1383156,818_1383177&_dad=portal&_schema=PORTAL

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Num projecto "Ciência Viva"

Em 1997, fiz parte de uma equipa para o desenvolvimento de um projecto no âmbito de um concurso do Programa Ciência Viva com o título “Actividades de aprendizagem de Física, experimentais e de comunicação promotoras de pensamento crítico"
O projecto decorreu durante dois anos e envolveu professores e alunos de várias turmas de 2 escolas da Região de Lisboa. Este projecto tornou possível concretizar a instalação da Internet nos laboratórios de Física das duas escolas e permitiu colocar os alunos das várias turmas a realizar actividades experimentais e a comunicar e trocar saberes através da Internet, usando o email. Os dados recolhidos durante o projecto foram trabalhados na dissertação de mestrado de um dos nossos colegas da equipa: "A Internet como facilitadora do ensino experimental promotor do pensamento critico".
Nos dias de hoje, a componente de comunicação e partilha através da Internet tornou-se quase vulgar e existem programas específicos de incentivo à realização de projectos colaborativos entre escolas, até de países diferentes. O programa etwinning, uma iniciativa do programa eLearning da Comissão Europeia é disto um bom exemplo.
As plataformas LMS (Learning Management Systems) como o Moodle, hoje já disponíveis em muitas das nossas escolas, vieram tornar mais fácil e mais rica a realização de projectos desta natureza e uma variedade de outras actividades com TIC nas escolas.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Na escola com outros colegas e com alunos

Já na escola, como professora de Física e Química, pude ensaiar com outros colegas e com alunos a experimentação de algumas propostas de actividades, usando as TIC.
Na primeira metade dos anos noventa os equipamentos ainda não abundavam nas nossas escolas. Era por isso difícil disponibilizar computadores para espaços específicos, como por exemplo laboratórios. Essa aventura era conseguida apenas em momentos especiais como as semanas de ciência. Tornava-se difícil concretizar no terreno e no dia-a-dia com os alunos algumas experiências de utilização ensaiadas no Minerva. Em 1993 decidimos, na escola, submeter um projecto a um dos concursos promovidos pelo IIE com um título que traduzia as nossas ambições da altura “O Computador no Laboratório de Física e Química” mas, infelizmente, não conseguimos financiamento. E continuámos a trabalhar…

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

O trabalho com colegas de Física e Química: os primeiros sensores


No princípio dos anos 90 começou a chegar a Portugal uma outra tecnologia para usar nas aulas de ciências, os sistemas de aquisição de dados usando interfaces com sensores que permitiam trazer o computador para os laboratórios escolares de ciências e fazer recolha e tratamento de dados experimentais de forma automática.
Recordo as dezenas de horas passadas no projecto MINERVA a explorar os primeiros kits de sensores. Perceber alguns aspectos técnicos, estudar calibrações, ensaiar condições experimentais que permitissem optimizar os dados recolhidos, interpretar os gráficos obtidos que nem sempre apresentavam os resultados esperados, perceber os erros, imaginar e testar propostas de actividades para realizar com os alunos, foram desafios e momentos de aprendizagem que não esqueço.
Site actual da Philip Harris, uma das marcas existentes na altura:
http://www.philipharris.co.uk/webapp/wcs/stores/servlet/Homepage_72_10501_-1
Os sensores, como qualquer outra tecnologia, evoluíram em termos técnicos no hardware mas também nos softwares de gestão que adquiriram novas potencialidades e interfaces mais amigáveis para o utilizador. Também os materiais de apoio para auxilío ao trabalho do professor e as sugestões de exploração para alunos se tornaram recursos abundantes na Internet.
Nos sites da Texas Instruments e da Vernier encontra-se quase tudo o que é necessário para usar os CBL 2™, os sensores distribuídos por aquela marca. Aqui ficam acessos directos aos sites e aos materiais respectivos:
Para terminar, aproveito para deixar ainda mais algumas referências recentes que fui recolhendo sobre este tema:





quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

O trabalho com colegas de Física e Química: o software

No projecto MINERVA, para além do acompanhamento geral das actividades em curso nas escolas e da formação e acompanhamento nos Centros de Apoio Local (CAL), existia um trabalho específico visando a integração das TIC em áreas curriculares. Foi neste âmbito que integrei, com outros professores de Física e Química, alguns grupos de trabalho que se dedicavam a explorar o software específico que ia aparecendo. Lembro programas como “Cinemática”, "Arquimedes", "Pêndulo" que eram, em geral, programas de simulação para estudar alguns temas de Física e Química.
De facto, no início dos anos 90, as propostas curriculares de utilização das TIC nas disciplinas de ciências tinham por base a exploração de software específico, alguns programas tutoriais e de resolução de exercícios, mas também programas de simulação e modelação (Bennett, 2003). Em conjunto com a folha de cálculo, os programas de gráficos, as bases de dados e o processamento de texto, possibilitavam implementar actividades usando recursos e metodologias inovadoras para a época.
Mais tarde, no âmbito de Concursos Nacionais de Software Educativo promovidos pelo Ministério da Educação surgiram mais programas para o ensino da Física e Química, construídos por portugueses. Lembro "Galileu", "Faraday", "Dinamix", "Arrhenius" e, mais recentemente, o Modellus.
Hoje existem centenas de applets na internet que funcionam segundo os mesmos princípios, com interfaces amigáveis e abrangendo uma diversidade muito maior de temas.
Aqui existem alguns exemplos.
http://nonio.fc.ul.pt/actividades/portateis/fisica_quimica/sites_exemplos_fq.htm.

Referências Bibliográficas:
Bennett, J. (2003). Information and communications technology (ICT) and school science. In R. Andrews (Ed.) Teaching and learning science a guide to recent research and its applications (pp. 123-145). London: Continuum.